Depois de uma maratona de editorias sensuais que eu e Isa fizemos acabei tirando uma conclusão: nós não imaginamos o potencial que temos.
O fato é que não temos confiança suficiente em nós mesmas. Pensamos no "papel papel ridículo que vamos fazer" e " temos plena convicção de que teremos que nos esforçar ao máximo para conseguir gostar de meia dúzia das cerca de 400 fotos tiradas".
Então já chegamos para o ensaio acanhadas, tímidas e prestes a desistir de tudo. E o único pensamento nos vem à cabeça é: "O que é que eu estou fazendo aqui, meu Deus?".
E nesse momento o fantasma de alguma coelhinha da playboy ou BBB da vida começa a nos apavorar e aí passamos a nos sentir a pior das piores.
Mas agora não dá para recuar, tudo está organizado e a equipe já está pronta para começar o trabalho, não é mesmo?
Então os primeiros clicks são feitos para a correção da luz. Começamos a fazer as fotos em meio de muita conversa a respeito daquele sentimento de rejeição.
E o tempo vai passando, e entre uma produção outra falamos muito, rimos muito e então percebo que essa mulher começa a se sentir um pouco mais confortável.
Aos poucos ela passa a perceber que não é tão desengonçada como imaginava e que também consegue consquitar a câmera com alguns dos seus olhares.
Vamos mudando de looks e de cenário e então ela começa a ficar mais tranquila e a gostar do que a fotógrafa mostra para ela.
Passa- se o tempo, o ensaio termina e partimos para a escolha das fotos. Durante esse momento ela fica meio confusa e nos questiona como ela teve tal capacidade de se colocar daquela maneira.
Então não são as 20 fotos do pacote que ela escolhe. Ela decide por 50, 60 e até mesmo 70 fotos porque ali ela tem a prova real de que além de vencer aquela insegurança toda, ela tem um olhar forte e inteso, um sorriso lindo e enigmático e curvas que nunca havía notado.
E aí uma porta se abre para essa mulher, a porta da descoberta consciente de quem realmente ela.
Nesse momento ela se dá conta de que não há mulher melhor do que ela e simplesmente que há mulheres que acreditam nelas mesmas e que se amam de verdade.
E quando entregamos o álbum para essa mulher percebemos que ela já não é mais a mesma. Hoje ela se reconhece de verdade e tem a plena certeza de que é tão poderosa, linda e sensual como qualquer uma dessas mulheres de capa de revista.
Produção: Ana Siqueira
Fotos: Isabella Machado
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